Azul

o reencontro com uma alma que existe dentro de um corpo etéro desprovido de lógica

30 novembro 2005

Colinho!!!

Precisava tanto de colo!

As minhas lágrimas já não têm sal.

Nada do que faço ou digo serve para alguma coisa! Mas estando quieta só trago inquietações.

De um momento para o outro, fiquei oca. Desprovida de tudo. Só falta mesmo o coração deixar de bater para tudo fazer um pouco mais de sentido.

O que é que ando aqui a fazer?

NADA!!!

Quero desaparecer e não consigo.
Era bom que o frio que me consome me levasse e destruísse todas as células que me compõem.

Num dia chove. Noutro faz sol.

Qual é o preço da sinceridade? A tristeza, o vazio, a solidão, a puta da incompreensão e da dúvida.

24 novembro 2005

Stuttgart?!?! - eis a questão!!!




23 novembro 2005

aaaaaaaaaaaaa
aaaaaaaaaaaaa
ahhhhhhhhhhh
hhhhhhhhhhhh
hhhhhhhhhhhh
hhhhhhhhaaaa
aaaaaaaaaaaa
aaaaaaaaaaaa
aaaaaaaaaaaa
aaaaaaaaaaah
hhhhhhhhhhh
hhhhhhhhhhh
hhhhhhhhhhh
hhhhhhhhhhh

17 novembro 2005

Tristeza

A casa está cheia de gente. Gente que ri. Gente que aproveita. Gente que não pensa nos seus males. E eu, eu que penso nos meus, mesmo dentro desta casa, sinto-me completamente sozinha. Profunda e tristemente sozinha.
As lágrimas começaram a rolar, como se se tratatsse da coisa mais normal do planeta. E o sufoco continua presente, o nó na garganta a evidenciar-se. E eu, eu não consigo controlar nada.
Olho para o telefone que insiste em não tocar. Novamente, as lágrimas se lembram de inundar o quarto vazio, sem sombra de felicidade!
Que ódio!!!
Tudo o que gira à minha volta, e que está errado ou descontrolado, tem que rebentar ao mesmo tempo! Quem julgam que sou? A super-mulher?! Puta que a pariu!!! Não sou. Sou tão fraca quanto os raios de sol que se evidenciam no Inverno. Eles não aquecem. Eu deixo de existir. Passo a ser a formiguinha que perdeu os amigos e ficou sem rumo.
Sinto-me completamente estatelada no chão, como um ovo estrelado. Sinto-me usada, perdida, ignorada e estou cansada. Tão cansada que acabo por violentar-me com aquilo que faço ou digo.
Às vezes não sei para que sirvo, nem o que estou aqui a fazer.

Tenho frio. Tanto frio que toda eu tremo.

E penso que sou um fracasso. Um total e completo fracasso.

16 novembro 2005

As flores...



De repente cheirou-me a flores. Sorri! Sorri tanto que de um momento para o outro parei. O aroma continuou a caminhar ao meu lado, de forma tão insistente que me assustei.
Dizem que quando alguém morre o aroma a flores se intensifica, podendo mesmo perseguir-nos. Foi exactamente nessa altura que deixei de sorrir.
Recordei as imagens do estigma e das várias feridas antecedidas por esse aroma!
Questionei tudo! A tua morte. O meu desespero e a minha culpa. O sufoco de não nos termos perdoado. Talvez seja um sinal...

12 novembro 2005

Um abraço que vale pelo que se sente...

11 novembro 2005

Eu preciso dizer que eu te amo...

Quando a gente conversa
Contando casos besteiras
Tanta coisa
em comum
Deixando escapar segredos

E eu nem sei que hora dizer
Me dá um medo ( que medo )
É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano

É eu preciso dizer que eu te amo
Tanto
E ate o tempo passa arrastado
Só pra eu ficar do teu lado

Você me chora dores de outro amor
Se abre e acaba comigo
e nessa novela eu não quero ser teu amigo

É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano

Eu preciso dizer que eu te amo
Tanto

Eu já não sei se eu to me estorando
Ah, eu perco o sono
Lembrando em cada riso seu qualquer bandeira

Fechando e abrindo a geladeira a noite inteira

É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano

E eu preciso dizer que eu te amo
Tanto

Quando a gente conversa
Contando casos besteiras
Tanta coisa
em comum
Deixando escapar segredos

Eu não sei que hora dizer
Tenho medo

Que eu preciso dizer que te amo
Te ganhar ou perder sem engano

É que eu preciso dizer que eu te amo
Tanto

E até o tempo passa arrastado
Só pra eu ficar do teu lado

Você me chora dores de outro amor
Se abre e acaba comigo
e nessa novela eu não quero ser teu amigo

Que eu preciso dizer que te amo
Te ganhar ou perder sem engano...

09 novembro 2005

Encontros e desencontros

A noite de ontem foi longa!
Demasiado...
Tão longa que a dor me consumiu até às entranhas mais profundas daquilo que em mim existe.
Quis desaparecer, voar para outras paisagens, mas a inércia sobrepôs-se a tudo e a todos. Manifestou-se em mim um tal sentimento de incapacidade, que a única coisa viável foi permanecer.
Depois de uma brilhante sonoridade, à luz de velas e de conversas e desconversas peculiares, veio a raiva e a ansiedade. Coisas que em mim estão. Estão tão somente por existirem algures, em sítios que desconheço. Estão.
Veio a dor e um pouco de nostalgia. Mas passou.
Veio a poesia e a reminiscência de um passado bonito. Saudosismo. Foi o que senti. Mas de forma muito positiva, muito saborosa. Foi tão bom!!!
Horas mais tarde, tudo se inverteu. Veio a tristeza e a dor. O sufoco.
Mil e uma coisas foi o que passaram pela minha cabeça! Odeiei tudo e todos. Quis fugir. Quero fugir e não sei para onde. Quero gritar e já não tenho voz. Onde foi que me perdi?! Para quê tantos encontros e desencontros?!

Poema

Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura

Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco


Mário Cesariny

04 novembro 2005

Mais uma queda... de água!!!

Quedas

Quedas!
O que são quedas?!
Qualquer coisa que imaginamos ser problemática.
Qualquer coisa que nos transtorna e nos deixa desprovidos de segurança! Aumenta a ansiedade e o receio.
Depois da sensação de ‘escorregar por uma colina’ e de nos sentirmos livres, aparece o medo de ser apunhalado pelas costas. Foi exactamente isso que senti. Foi isso que me veio à memória. Foi sobre isso que me debrucei. Foi sobre isso que caí num monte de almofadas depois de ter levantado voo e de me ter desequilibrado, de me ter sentido desprotegida aquando da paragem que fiz.
Ainda assim, por muito que possa esta possa ter sido uma experiência negativa, acabou por revelar-se bastante interessante, paradoxalmente positiva, porque foi possível concluir que estou simplesmente a viver o presente, com os pés bem assentes no chão e com uma presença forte e calma. Muito embora existam situações pontuais em que se observa o contrário, o que impera é a calma e a força do olhar, a segurança e a confiança em mim mesma.
É bom que assim seja, que esteja a encontrar o meu lugar e o meu verdadeiro EU. É bom!