Azul

o reencontro com uma alma que existe dentro de um corpo etéro desprovido de lógica

19 outubro 2005

De repente...

De repente, o dia escureceu e também eu com ele. Feliz ou infelizmente funciono com o tempo!...
Não vale a pena questionar porquê! É assim e pronto, mais não vale a pena.
De repente, fiquei irritada sem saber a que propósito. Talvez tenha a ver com o tempo que vai deixando de ser solarengo. Ainda assim, continuo à espera da minha primavera que teima em tardar!
Uns dias o sol brilha e eu com ele. Outros, a chuva cai e eu com ela. É apenas a minha realidade e nada melhor que aceitá-la como ela é, sem a questionar.
Miro os transeuntes que caminham apressados pelas calçadas sinuosas e escuras. Parece-me tudo tão normal. Até o dia que escureceu e que, de repente, sabe a inverno.
Curioso, Todos miram a fantástica montra de guloseimas que enche o olhos dos mais famintos apreciadores de chovolate.
São muitos os bolos, muitas e variadas as iguarias que aguçam o apetite e eu questiono-me acerca da necessidade que todos (ou quase todos) temos de comer cacau, aquele que nos coloca em plena euforia quando os neurotransmissores reclamam adrenalina!
Até eu dei asas à minha vontade de satisfazer essa necessidade - comi uma fatia de bolo de chocolate, carregada de pepitas e de açúcar. Não fiquei mais doce por isso, mas adocei a minha tarde! E sorrio! Simplesmente sorrio!

16 outubro 2005

I'm happy...

Descobri que estar só é apenas isso mesmo. Um estar! Foi bom.
Apenas concluo que estou a caminhar para mim, para o meu encontro. E é bom sorrir com isso.
Num dia sou pinheiro. Noutro semente e depois roseira. Passo pelas várias estações do ano e, desta vez, apercebo-me que estou no meu inverno, ansiando ansiosamente pela minha primavera, com os meus passarinhos e o meu sol.
Sorrio e sou alegre. Estou feliz!
Caminhei numa corda bamba onde não me apercebia do valor da minha individualidade e da importância que ela tem.
Descobri que quero lutar pela minha paciência e que em muito, muito mais do que eu imaginava, os 'porquês' não me servem senão para aumentar a minha ansiedade.
Neste momento apenas digo bem-hajam a 4 pessoas muito especiais para mim.
E continuo... Feliz!!!

14 outubro 2005

Tenho uma pergunta: Queres ser?!?!?

12 outubro 2005

O que sou...

Contrariamente ao tinha programado, acabei por proferir as palavras mágicas.
Contrariamente ao que tinha programado, a resposta acabou por ser diferente!
Contrariamente ao que tinha programado, tudo acabou por ser diferente e eu senti-me profundamente perdida, sem saber que rumo tomar.
E contrariamente ao que tinha programado, entrei em depressão e, sem motivo aparente, encarcerei-me num silêncio desmedido, onde apenas reinava a tristeza.
Há horas em que o mundo, o meu mundo, parece perfeito. Outras em que tudo se desmorona e ofantasiado não passa disso mesmo! Uma fantasia igual a tantas fantasias infantis, igual a tantas fantasias infantis minhas. Às vezes acho que tudo aquilo que vivo mais não é do que um obstáculo que tenho que ultrapassar para ser não-sei-o-quê!
Afinal o que é que sou? Para que é que sirvo? Que significado tenho? Para mim e para os outros. Sobretudo para ti.
Às vezes acho que sou uma marioneta, comandada por alguém que tem pouco jeito para o teatro!
A única lágrima que cai, morre antes de chegar ao destino e eu questiono-me se até as minhas próprias lágrimas estão contra mim, se também elas pretendem fazer de mim uma marioneta.
Anseio fortemente pelo dia em que a lua me fará sorrir de verdade. Mas esse dia parece não chegar nunca. Como se eu não tivesse direito a ele...
Entretanto, o silêncio deixou de existir e as minhas pálpebras vão-se fechando com algum custo e paradoxalmente com alguma facilidade, aquela que eu esperava que imperasse em mim.
O ponto de partida é sempre difícil, mas eu chego lá, mesmo que com dúvidas. Contudo, o meu mote parece ser sempre insuficiente para a divagação, para a partilha de palavras e de olhares, o que me magôa profundamente e me faz pensar no porquê da minha existência, no porquê da inexistência de facilitismos e no porquê da contrariedade entre racional e emocional.
Nada faz sentido. Eu não faço sentido. O mundo não faz sentido. E o desespero aumenta. Será que não podes dar-me um sinal que seja? Só quero saber quem sou e o que sou para ti!

09 outubro 2005

Alegria

Comecei por escrever qualquer coisa que parecia não fazer sentido e acabei por desenhar uns rabiscos que me souberam pela vida.
Lá fora chove e eu nem me dou conta disso.
Apetecia-me passear com as gotas de chuva, voar ao sabor do vento... e ao invés disso sento-me numa cadeira e ouço música, aquela que me eleva o espírito, aquela que é a minha música.
(...)

E tudo o que eu queria...
sabes bem que é inútil mudar...
(...)

Recordo os olhares, recordo os dias que passaram a seguir; recordo a tristeza, o medo, a raiva, a alegria, entre outros.
Mas depois de uma desmedida sensação de invasão do meu espaço e de uma fuga até ao culminar do chão, chegou a altura de abraçar a alegria que, tanto quanto reconheci, anda perdida algures num lugar que desconheço.
Objectivo próximo: encontrar a minha verdadeira alegria!

08 outubro 2005

Os olhares! O que são e para que servem?