Azul

o reencontro com uma alma que existe dentro de um corpo etéro desprovido de lógica

15 outubro 2003

Num rasgo foi o que tentei pensar a vida

Nada disso foi possível

Porque olhei para ti e só encontrei o teu sorriso

Procurei a mais pura das perfeições e caí!

O desequilíbrio que deveria buscar, encontrou-me

E vagueando, fui dando de mim.

Mirei as nuvens fugitivas

E percebi o erro que me consumia por dentro

Não alcancei ainda a minha paz

Muito menos a plenitude

Sei, contudo, que para ela caminho

E... talvez lá seja feliz!

Todos os esquissos projectados

Continuam a existir

Numa busca incerta de mim e do tempo que me compõe

Corro, mesmo sem saber e vou,

Apenas vou...

01 outubro 2003

A música começou a deixar de ecoar

A tua presença a transformar-me

Os teus olhos a inundar a sala

E o fogo sobrepôs-se ao gelo

Nessa altura comecei a voar

Comecei a perder as forças

A ser vencida pelo vento

E o mar que agitava perdido

Acalmou e deixou a água deslizar

Deslizar sob o sol que surgia

Ao longe num horizonte desconhecido

O frio caminhava na nossa direcção

Enquanto os raios da lua se escondiam

Por entre as nuvens que choravam!

Aí tudo desvaneceu

E morreu a paixão que existia

Entre as flores do campo e a relva,

A areia e o mar salgado,

Nós e o mundo

Que, então, começava a conspirar...