Azul

o reencontro com uma alma que existe dentro de um corpo etéro desprovido de lógica

01 outubro 2003

A música começou a deixar de ecoar

A tua presença a transformar-me

Os teus olhos a inundar a sala

E o fogo sobrepôs-se ao gelo

Nessa altura comecei a voar

Comecei a perder as forças

A ser vencida pelo vento

E o mar que agitava perdido

Acalmou e deixou a água deslizar

Deslizar sob o sol que surgia

Ao longe num horizonte desconhecido

O frio caminhava na nossa direcção

Enquanto os raios da lua se escondiam

Por entre as nuvens que choravam!

Aí tudo desvaneceu

E morreu a paixão que existia

Entre as flores do campo e a relva,

A areia e o mar salgado,

Nós e o mundo

Que, então, começava a conspirar...