III Guerra Mundial
Estendi a toalha na areia e deitei-me. Limitei-me a ouvir o barulho das ondas e a saborear o som e a brisa que passava pelos meus cabelos. Fechei os olhos.
Rapidamente me imaginei, fechada e triste, num bunker, onde reinava calado o medo de sair à rua.
A III Guerra Mundial havia explodido e a segurança em qualquer parte do globo terrestre era inexistente. Comecei a sofrer por não conseguir fazer nada, por ter que me manter isolada de tudo e de todos e eis que me lembrei de me aliar aos voluntários da Cruz Vermelha. Sim, porque no meio do caos, as bolsas fecharam, qualquer tipo de loja alimentar só funciona a determinadas horas do dia e aparece com os preços numa subida estonteante e o pouco que existia nas despensas caseiras já mal dava para a sobrevivência.
A política morreu neste país, tudo se encontra destruído e os únicos ruídos são as sirenes, as explosões e os gritos de dor daqueles que vão perdendo os seus familiares.
Neste momento de nada me serve a conta choruda que tenho no banco. Tudo foi congelado. E a única coisa possível é mesmo facultar a minha ajuda àqueles que lutam por um pouco de paz.
Nas notícias do rádio a pilha, ouvem-se vozes em código, dizendo que a Al-Qaeda ainda não conseguiu o que queria, que todos os Bin Laden do grupo continuam à espera do dia Y, aquele que os porá no centro do universo.
Prosseguem as notícias e apercebo-me que a grande potência que se pretende eliminar da face da terra, teima em não cair, em não erguer sequer a bandeira branca.
Depois dos atentados aos E.U.A., a Espanha e a Londres, faltou mesmo o atentado ao Portugal que todos imaginam e definem como o 'paraíso à beira-mar plantado'.
Na realidade é um paraíso que sobrevive com cada vez mais dificuldades às diferenças partidárias e às incertezas daqueles que governam. Todos os dias muda qualquer coisa. Para pior, claro está! Mas o importante é saber se o Miguel joga ou não no Benfica e se o Sporting consegue ganhar o campeonato com o treinador que de futebol pouco ou nada percebe.
Na rádio continuam a ouvir-se vários códigos (todos imperceptíveis) e o meu medo vai-se sobrepondo a tudo.
Definitivamente, opto por pegar numa mochila e colocar lá dentro apenas o necessário. Um cantil com água (das poucas coisas que resta), uma ou duas latas de salsichas e de grão e uma lata de leite condensado para as minhas quebras de tensão.
Abro a porta do bunker e ouço muma voz que chama por mim, uma voz à qual não ligo, mas a qual tenho a certeza ser do meu pai. Prefiro não dizer-lhe nada. Vou apenas esperar que leia a carta que deixei. Não consigo ficar nem mais um minuto à espera que tudo me caia em cima, que continuem as explosões e as sirenes a sobreporem-se ao meu espaço. Não consigo!
Aguardo que todos fiquem bem, mesmo sem saber qual será o culminar da história, mas eles vão ficar bem. Eu sinto-o!...
Rapidamente me imaginei, fechada e triste, num bunker, onde reinava calado o medo de sair à rua.
A III Guerra Mundial havia explodido e a segurança em qualquer parte do globo terrestre era inexistente. Comecei a sofrer por não conseguir fazer nada, por ter que me manter isolada de tudo e de todos e eis que me lembrei de me aliar aos voluntários da Cruz Vermelha. Sim, porque no meio do caos, as bolsas fecharam, qualquer tipo de loja alimentar só funciona a determinadas horas do dia e aparece com os preços numa subida estonteante e o pouco que existia nas despensas caseiras já mal dava para a sobrevivência.
A política morreu neste país, tudo se encontra destruído e os únicos ruídos são as sirenes, as explosões e os gritos de dor daqueles que vão perdendo os seus familiares.
Neste momento de nada me serve a conta choruda que tenho no banco. Tudo foi congelado. E a única coisa possível é mesmo facultar a minha ajuda àqueles que lutam por um pouco de paz.
Nas notícias do rádio a pilha, ouvem-se vozes em código, dizendo que a Al-Qaeda ainda não conseguiu o que queria, que todos os Bin Laden do grupo continuam à espera do dia Y, aquele que os porá no centro do universo.
Prosseguem as notícias e apercebo-me que a grande potência que se pretende eliminar da face da terra, teima em não cair, em não erguer sequer a bandeira branca.
Depois dos atentados aos E.U.A., a Espanha e a Londres, faltou mesmo o atentado ao Portugal que todos imaginam e definem como o 'paraíso à beira-mar plantado'.
Na realidade é um paraíso que sobrevive com cada vez mais dificuldades às diferenças partidárias e às incertezas daqueles que governam. Todos os dias muda qualquer coisa. Para pior, claro está! Mas o importante é saber se o Miguel joga ou não no Benfica e se o Sporting consegue ganhar o campeonato com o treinador que de futebol pouco ou nada percebe.
Na rádio continuam a ouvir-se vários códigos (todos imperceptíveis) e o meu medo vai-se sobrepondo a tudo.
Definitivamente, opto por pegar numa mochila e colocar lá dentro apenas o necessário. Um cantil com água (das poucas coisas que resta), uma ou duas latas de salsichas e de grão e uma lata de leite condensado para as minhas quebras de tensão.
Abro a porta do bunker e ouço muma voz que chama por mim, uma voz à qual não ligo, mas a qual tenho a certeza ser do meu pai. Prefiro não dizer-lhe nada. Vou apenas esperar que leia a carta que deixei. Não consigo ficar nem mais um minuto à espera que tudo me caia em cima, que continuem as explosões e as sirenes a sobreporem-se ao meu espaço. Não consigo!
Aguardo que todos fiquem bem, mesmo sem saber qual será o culminar da história, mas eles vão ficar bem. Eu sinto-o!...
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