Azul

o reencontro com uma alma que existe dentro de um corpo etéro desprovido de lógica

11 junho 2005

A carta que escrevi para ti...


Há muito que ando para te dizer qualquer coisa, mas pura e simplesmente tem sido complicado. Não que isso seja uma justificativa, mas ambas sabemos que temos andado desencontradas embora as coisas sejam, para mim, tal como tu dizes: a distancia não é o mesmo que a ausência.
Antes de prosseguir, tenho um enorme pedido de desculpas a fazer-te: não te dei os parabéns!! Mas acredita que de uma forma ou de outra estiveste sempre no meu coração. Por isso, PARABÉNS a ti minha querida das horas em que descobrimos que os relâmpagos são qualquer coisa de genuíno e de muito poderoso.
A nossa vida seguiu rumos diferentes e, por isso, a distância é efectivamente maior, mas dói tanto saber que existimos e não sabemos nada uma da outra. Não vou dizer que tenho pena.. porque, já dizia a minha bizavó, "penas têm as galinhas"! E eu ainda não cheguei aí.. vá-se lá saber porquê?! ou porque não?!
Bom, com tudo isto resta-me apenas dizer-te não que gostava que as coisas voltassem ao que eram, porque isso não é possível, mas de dizer-te que continuo a ter espaço para uma ou outra conversa, uma ou outra passeata, um ou outro café, um ou outro tempo para ler ou simplesmente para estar.
Em suma, tenho saudades tuas. Muitas, tantas que não aguento mais e expludo com umas quantas lágrimas e uns quantos 'sniffs'... Mas que posso fazer? É tão estranho pensar em agarrar no telefone e ligar-te! Será que ainda tens o meu número? Será que ainda te posso ligar, sem correr o risco de ouvir qualquer coisa de desagradável?! (a tristeza continua a invadir-me a alma e eu continuo imóvel, colada à cadeira com medo de chamar por ti, sim porque foi por ti que chamei muitas vezes, tantas que acabaste por me ver numa cama de hospital, quando tudo isso ia contra o teu ser)
Não sei que mais te diga! Tenho saudades tuas. Muitas, tantas que não aguento mais.

Começou para ti mais um ano de vida nova, um ano que espero repleto de sonhos concretizados e de viagens aos teus destinos eleitos como favoritos por A, B ou C motivos.
Queria, neste momento, ser como o poeta que escreve linhas bonitas, mas ao invés disso, sou apenas eu e não sou fingidor como o poeta. Exponho-me da mais sincera e pura forma de ser e com isto limito-me apenas a estender-te a mão, mesmo que a esquerda, porque é com ela que me podes agarrar e é ela que estendes se tudo se desmoronar.
Eu continuo a acreditar que os deuses lá em cima têm para ti uma surpresa reservada para breve, com a qual encontrarás a felicidade.
Para quem não sabe de ti há muito, fica apenas o desejo de um breve reencontro.

Um grande beijo e um abraço, porque os abraços são sentidos e sinceros e apenas demonstram aquilo que sentimos pelo outro.