Azul

o reencontro com uma alma que existe dentro de um corpo etéro desprovido de lógica

25 junho 2004


Conclusiva é o termo indicado para o estado em que me senti no fim de uma divagação acerca do vazio, da realidade e da fantasia.
Concluí que não me serve de nada distinguir os sentimentos e/ou emoções reais dos referentes à fantasia ou idealistas. Não posso dizer sinto isto, quando de facto não o sinto, quando nada disso se reporta à realidade nua e crua!
Se se trata de x, não posso fazer y... a ambição paga-se caro e o certo não é o imaginado.
Apenas tenho que perceber que a barreira entre a realidade e a fantasia sou eu que a crio, sou eu que me obrigo a vivê-la!
Não posso continuar a pôr lençóis velhos e já com algum pó em cima de uma realidade que eu teimo em aceitar.
A tinta desliza neste papel colorido, que há muito não tinha nada de meu. É apenas mais um rasgo da minha existência “maníaco-depressiva” a entrar em descrédito!
Tenho-me sentido feliz e isso é um passo gigante nos últimos tempos... também este passo se pode dar por ‘conclusivo’, porque tudo aquilo que outrora condenava se tem vindo a desmoronar.

Quero continuar a subir nestes degraus invisíveis que me tornam mais sorridente, que me tornam mais “eu”. Logicamente, o diabo e o anjo que coabitam no meu íntimo e que tomavam conta de mim, tal como ainda hoje se manifestam, continuam a existir, continuam a mostrar por um lado o sorriso malicioso e o sorriso angelical e bondoso respectivamente, mas cada vez menos são opiniões fulcrais e indispensáveis.
Com tudo isto, quero apenas sentir o real, imaginar o fantasiado ou idealizado, voltar a mim e manter-me.
Esta fase será sempre a única, aquela que me fez descobrir-me na minha essência e reverter o irreal para o presente sorridente.
Quero ser feliz, mas não pontual ou efemeramente! Quero ser eu, sem ilusões ou sem expectativas demasiado elevadas em relação a mim própria ou aos outros!
Estou disponível para a vida!
Sofrerei se necessário.
Amarei se acaso me surpreender por esse mesmo sentimento.
Serei, acima de tudo, EU PRÓPRIA!

Sempre!!!