Azul

o reencontro com uma alma que existe dentro de um corpo etéro desprovido de lógica

07 setembro 2005

O hoje... e a chuva...

Hoje regressei ao meu mundo.
Foi tão bom!
Mesmo muito bom. Concluí aquilo que andava a reflectir.
Apercebi-me de uma realidade que é minha e da qual ando persistentemente à busca.
Surgiram uma série de coisas de um passado longínquo. Coisas que me fizeram perceber que efectivament e há coisas que precisam de mudar e que têm um qualquer fito que eu desconheço. Ainda assim senti-me feliz, por ter percebido que havia hipótese de recuperar muitas das minhas alegrias.
Continuei feliz por ter percebido que não sou assim tão pequenina quanto julgo e que há alguém que está pronto para me fazer ver isso mesmo, para me deixar em paz comigo mesma.
Depois, tentei descortinar o meu problema da insegurança, do medo, da inconstância e da raiva que surgem de situações decorrentes de expectativas frustradas. E consegui fazê-lo. Fiquei em paz comigo mesma e com aquilo que me atormentava o espírito! Fiquei feliz!
Mais tarde recuperei toda a irritação que me atormentava e apenas consegui fazer prevalecer aquilo que mais abomino - a raiva!!! Consegui entrar em conflito comigo mesma e olhar para o mundo como se ele estivesse novamente a preto e branco. Todas as cores deixaram de existir e tudo conspirava contra mim. Mas nada a que eu não esteja já habituada...
Preciso apenas de uma longa conversa e daquilo a que eu chamo 'esclarecimento de dúvidas'. Talvez esteja para breve... não sei! E cá está novamente o 'não sei'... e eu só pergunto 'porquê?!'
Lá fora a chuva cai. Cá dentro também se sentem as gotinhas a cair.
A melancolia e a solidão voltam a sentir-se e apenas percebo que nada disto vale a pena, mas é tão difícil (ainda) ultrapassar o instinto e ser capaz de viver na paz diária.
Quero mais. Sempre mais. Mas não é possível e o desespero acaba sempre por falar mais alto.