Azul

o reencontro com uma alma que existe dentro de um corpo etéro desprovido de lógica

05 setembro 2005

Lembranças




Como é bom o silêncio!

Dentro de uma casa estão duas pessoas e apenas se ouve o chilrear dos passarinhos lá fora!
Ainda assim, está tudo em silêncio! E é tão bom.
O sol, de vez em quando, espreita pela janela entreaberta e, embora sem ligação, recordo-me de ti, do som das ondas a bater nas enormes rochas que se viam da falésia.
Nessa altura, estava noite! Não havia estrelas, nem se via a lua, apenas a pouca neblina sobre o mar que se agitava pela costa.
O tempo voou... parecia que tudo sabia a pouco, parecia que faltava uma série de coisas... queria eu que a noite não tivesse fim. Queria eu que não amanhecesse e que o tempo tivesse parado para o resto do mundo... Apetecia-me falar em saudades... mas para quê? Apenasmente para dizer que são uma constante. Depois... apetecia-me falar do medo que me persegue e que insiste em sobrepôr-se muitas vezes à realidade das coisas. Mas para quê? Não sei.
Não sei é, de facto, uma expressão fantástica. Por estranho que pareça é uma constante nas nossas conversas. Acho que nem o pacto serviu para a amenizar. Mas isso não importa! Tal como tu dizes, o que importa é o agora. Futurismos não contam. "Tá-se e pronto!" O amanhã logo se vê!