Azul

o reencontro com uma alma que existe dentro de um corpo etéro desprovido de lógica

25 agosto 2005

Pra Suzana e pro João!!!

Hoje o céu está mais azul, eu sinto!

Fecho os olhos, mesmo assim eu sinto!

(…)

Sinto que o dia de hoje é o início de uma nova etapa na vida deste casal.

Sinto que tudo o que até hoje se viveu será como o prólogo de uma história.

Apetece-me contar-vos uma…

Sentei-me num degrau de umas escadas de uma casa de uma aldeia beirã. Uma aldeia que conta muito e muito pouco. É uma aldeia que descobri ter em comum com alguém que faz hoje parte da minha vida e me fez vir aqui hoje partilhar uma enorme alegria.

A descoberta teve lugar numa mesa de refeitório com mesas cor-de-laranja, onde as caixinhas e os saquinhos de plástico são diários!

Nessa mesa foram partilhadas muitas coisas. Risos, opiniões, maluqueiras, ideais, sonhos…

Foi, então, nessa mesa que comecei a descobrir a Suzana. Como direi?! Uma mulher com ideais fantásticos, uma filosofia de vida estrondosa e uma disponibilidade fantástica.

Como diria Exupèry, fomo-nos cativando, todos os dias um bocadinho e aos poucos tornámo-nos amigas.

Trabalhámos imenso juntas, especialmente neste último ano! (Tu bem sabes Suzana!!! – finalmente, consegui tratar-te por TU!)

E foi neste ano que apareceu o João! Muito se ouvia falar dele nos gabinetes da Casa de S. Vicente, no carro, sei lá mais por onde! Até que, foi necessária a sua ajuda para um trabalho, que como não poderia deixar de ser estava relacionado com computadores! (piscar o olho!) Falámos algumas vezes ao telefone, outras por mail. Até ao dia do concerto do nosso caro Cissoko, onde ambos íamos adormecendo – o tipo era francês e não se percebia nada! (sorriso)

O tempo foi passando e nada disto estava programado! Foi completamente inesperado, mas ainda bem que acontece hoje esta união.

Gosto muito de vocês e acredito piamente que têm tudo para ser felizes, por isso só vos desejo longa vida!

Depois de ter lido o convite, imaginei variadíssimas coisas para vos trazer, mas as únicas que me pareceram viáveis foram, sem dúvida, esta caixa (decorada por mim), com motivos alusivos ao mar. Dentro desta caixa, resolvi colocar uma pequena tocha! Por duas razões:

1. É o nome do João;

2. É alusiva a uma história que a Suzana contou um dia e que foi fundamental para mim.

Com uma tocha eu tenho vindo a descobrir o meu caminho.

Com uma tocha a Suzana e o João encontraram-se e com ela permanecerão, lado-a-lado.

Quero apenas deixar-vos uma frase de um filósofo muito antigo e que para mim faz todo o sentido nesta tarde:

Duma vez por todas foi dado este breve preceito:

“Ama e faz o que quiseres.”

Se calas,

Cala por amor.

Se falas,

Fala por amor.

Se corriges,

Corrige por amor.

Põe no fundo do coração a raiz do amor.

Dessa raiz não pode crescer senão o bem.

Santo Agostinho


Deixo-vos um grande beijo e o desejo do melhor!