Azul

o reencontro com uma alma que existe dentro de um corpo etéro desprovido de lógica

21 abril 2006

A 'molha'

O dia amanheceu cinzento, a horas pequeninas!
Mirei o relógio e... eis que aquela hora pouco ou nada me disse. Liguei a chama azul que ilumina as paredes também azuis eo tecto azul salpicado de cor-de-rosa. E lá estava a minha gigante mala de viagem, onde bem encolhida caberia eu e mais umas quantas coisas! (o perfeito disparate)
Com os olhos, procurei as havaianas e levantei-me.
Olhei para o espelho, como faço sempre que acordo e sim! Aí estava eu, exactamente na mesma. Cara de sono?! Não!!! Aliás, é raro isso acontecer!
Desci as escadas. Vagueei a casa como se buscasse qualquer coisa. Nada foi o que encontrei. Mas continuei. E nada foi o que continuei a encontrar.
Até que... Sentei-me. Escrevi. E nada. Os ponteiros dos minutos e dos segundos continuam a girar e eu?! Aqui sentada a escrever.
Olho para a rua e vejo um céu repleto de nuvens a quererem chover. Não faz mal! Hoje é dia de 'molha'. Na certa vou apanhar uma 'molha' e vai saber-me pela vida, porque a chuva aqui é diferente. Tem um cheiro diferente e se tem que ser, que seja!