Azul

o reencontro com uma alma que existe dentro de um corpo etéro desprovido de lógica

21 fevereiro 2006

Uma viagem a Estrasburgo!

Tão bom, mas tão difícil acordar cedo! 5 e meia não faz parte da minha rotina, nem de uma vontade minha. Mas dadas as circunstâncias, valeu a pena.
De Mitte eu e mais 4 moçoilas, saimos de casa. Ainda era noite e chovia bastante. Dirigimo-nos à estação de comboios de Stuttgart, cada uma com a sua mochila e seu farnel.
Mal chegámos, sentámo-nos. Phones nos ouvidos e aí vamos nós dormir. Despertador para 1 hora depois, para se mudar de comboio. Mais uma 'umsteigen'.
30 minutos à espera do próximo comboio e mais 45 minutos a dormir, mais despertador para a 'umsteigen' seguinte. Uma estação pequena, que mais parecia um apeadeiro. Esperámos 5 minutos e eis que chega o comboio.
Cerca de 30 minutos de viagem e já estamos em França e ouve-se "La vie en rose", com sotaque português.
Muito se passeou, muito se andou, pouco se comeu, muitas fotografias e algumas cervejas.
Desta vez, em regresso já se iam ter 3 'umsteigen', situção que não nos agradou particularmente.
Recordámos o apeadeiro por onde já tinhamos passado e deparámo-nos com 1 hora e 20 de espera, o que nos assustou. Ainda assim, nada de grave!
Quando parámos, saem 6 individuos com os seus 16 ou 17 anos. E nós nada. Eram barulhentos, mas 'tavam na deles'. Continuámos a andar e vimos que a aldeia não tinha nada à volta. E... trovejava. Estava muito escuro (eram 9 da noite).Tudo muito sinistro e muito desprovido de gente. Foi então que resolvemos sair do apeadeiro para procurar um café.
20 minutos a andar ao vento, à chuva e ao frio, por uma estrada onde quase não há luz, onde não há gente e onde as casas mal têm luz. Não há trânsito, nem pessoas e eis que aparece uma pousada e um bar. Ora aí está! Vai mais uma weiss bier! E mais uns minutos e saímos. Chegámos ao apeadeiro e iamo-nos enganando no comboio, mas a tempo descobrimos que ainda não estava no tempo certo (os comboios aqui são muito pontuais).
2 minutos depois chegou o comboio que iamos apanhar. Uma hora a dormir e 'umsteigen' mais uma troca e mais outra hora a dormir. Finalmente a última 'umsteigen'. Chegámos a Stuttgart, completamente derreadas. Cheias de sono e cansadas de ouvir crianças bêbedas no comboio das 11 da noite.
De facto, as pessoas por aqui são muito estranhas. Os miúdos são muito precoces. Vestem-se, bebem e pintam-se como gente grande e... cheiram mal. O tal dito constata-se. As miúdas usam base de camada, de cores completamente diferentes da sua pele - o comentário por aqui é "as miúdas são cor-de-laranja".
À parte dos 'senãos', foi muito boa a viagem. Não estamos sempre parados.
Aguarda-se a próxima aventura!!